01/06/23

Por que se cuidar?

publicado em 01/06 por iwwa

Certamente você conhece alguma pessoa que tenha alergia. Seja ela respiratória ou de pele, associada a poeira, alimentos, medicamentos, insetos, derivados do látex ou qualquer outro alérgeno presente no meio ambiente. Independentemente da causa, essa reação comum a todos os casos nada mais é do que uma hipersensibilidade – uma resposta exagerada – do organismo a substâncias consideradas estranhas por ele. O que boa parte da população desconhece é a existência de um médico especializado na descoberta e tratamento desses quadros alérgicos: o alergologista.

É por isso que o dermatologista e o pneumologista são os primeiros médicos a serem procurados por quem desenvolve uma coceira ou vermelhidão na pele ou começa a sofrer de rinite alérgica, por exemplo. Mas isso não deveria ocorrer. Segundo a especialista em alergologia, Maria de Fátima Marcelos Fernandes, diretora da Associação Brasileira de Alergologia e Imunopatologia (ASBAI), esses profissionais não são habilitados para tratar doenças de origem alérgica. “Embora possam ajudar a diagnosticar esse tipo de enfermidade e trabalhar em conjunto para solucioná-la, em caso de suspeita de alergia, eles deveriam encaminhar o paciente ao alergologista. Este, por sua vez, irá realizar exames específicos para descobrir a causa do problema alérgico e os agentes capazes de desencadear as crises, para só então providenciar o tratamento”, explica a médica.

Segundo Maria de Fátima, existem certos procedimentos que são uma prática exclusiva do alergologista. As doenças alérgicas são, na maioria das vezes, de origem genética e é dever desse especialista fazer o acompanhamento de pessoas que tenham o pai e a mãe com problemas alérgicos. “A prevenção é feita através de medicamentos e modulação do sistema imunológico do paciente por meio de imunoterapia, um tratamento com vacinas”, diz.

Mas não é só. Ele atua também no tratamento das crises, mediante a prescrição de remédios para evitar que o processo inflamatório continue ou para diminuir os sintomas mais graves, como uma falta de ar, por exemplo.